Author: Bruna Gabriela
•19:08



Nos dias atuais em que não podemos confiar em muitas pessoas, vemos que temos bastantes travesseiros de penas persas, são aqueles amigos em que podemos descansar sem medo de recriminações, aqueles amigos, que vão te fazer propostas indecentes, brigar por você querer se aproveitar de um rapaz em um congresso, te emprestar dinheiro e nunca cobrar, xingar seu ex namorado, te chamar de gorda com todo o carinho para você emagrecer, pagar sua cerveja, falarvocê parece piranha com aquele vestidinho vermelho apertado. Nestes dias em que me sinto sozinha, meus amigos estão me dando um força tão grande, e sendo meus travesseiros de penas persas, para que eu possa me deitar aliviada sem medo de me machucar.
sem meus travesseiros não teria passado por este momento difícil em que me encontrava. então aqui está meu abraço, meu beijo, meu juramento
Amo vocês
Author: Bruna Gabriela
•15:43
"Eu triste sou calada
Eu brava sou estúpida
Eu lúcida sou chata
Eu de bobeira sou esperta
Eu cega sou vidente
Eu carente sou insana
Eu malandra sou fresca
Eu seca sou vazia
Eu fria sou distante
Eu quente sou sapeca
Eu prosa sou tantas
Eu santa sou gelada
Eu salgada sou crua
Eu pura sou tentada
Eu sentada sou alta
Eu jovem sou donzela
Eu bela sou fútil
Eu útil sou boa
Eu à toa sou tua".

Martha Medeiros
Author: Bruna Gabriela
•14:43

a luz do msn pisca
cindy: posso te fazer uma proposta indecente?
bruna: com certeza

e assim começou nossa epopeia:

marcamos para 4 horas na rodoviária, mas cindy chegou 17:20.
compramos as passagens caríssimas por sinal [ Anápolis Bsb 21,50].
pegamos o ónibus das 18:00.
conversamos o caminho todo e acredito que assustamos alguns passageiros.
chegamos em BSB às 21:00 ligamos para o Diogo, ele nos manda ir para o HsBC, mas a cindy entende banco do Brasil [¬¬ ]
Ele liga e pergunta onde estamos, e lá vamos nós atrás dele, chegando lá ele diz para pegarmos o bus, com a Carla, que ele busca a gente de moto em frente a reserva.
no decorrer da viajem fico extasiada, os pontos de ónibus tem prateleiras de livros, para as pessoas lerem enquanto esperam o bus e depois devolvem o livro à prateleira, magnifico!
passamos a ponte e descemos, ficamos em frente a reserva e o Diogo vem de moto buscar uma por uma, nada como andar em uma estrada de terra, em plenas 22:00 no friu de matar.
chegando não tinha ninguém e o pensamento era, onde fomos amarrar nosso jegue.
a fogueira foi acesa e as pessoas começaram a chega, a ximboquinha [pinga + mel ] começou a rolar, e a musica tambem.
dada 5:00 da manha o sono toma conta da gente, e eu ocupo o sofá e a Cindy um cochãozinho no chão, o friu toma conta e passo o resto da madrugada tremendo de friu até criar corage e ir no quarto ao lado roubar um lençol do povo que estava dormindo [ hahaha]
acordamos as 8:00 e vamos tomar café em frente aos restos da fogueira, nos animamos e fomos dar uma volta na cachoeira, nossa que lugar lindo, ar puro, agua límpida, um sonho.
andamos, caímos, sequestramos um filhote de cachorro, e subimos de volta.
O Adriel resolveu fazer um tur conosco por BSB, conhecemos a UNB, fomos em um exposição do aniversário da imigração japonesa ao Brasil e depois viemos embora, nossa estou quebrada, vou dormir um pouco. ufi!

obs: essa foto é de lá mesmo^^
Author: Bruna Gabriela
•12:16

O vestido encharcado aderente ao corpo sublinhava-se as formas, deixando-as como nua. A natureza em fúria fazia-a sair de si própria. um relâmpago azulado rasgou as nuvens, seguido quase de imediato pelo trovão que abalou o solo. Léa gritou. iluminava-lhe o rosto um contentamento primitivo, rosto sobre o qual, come se fossem lágrimas, escorriam gotas de chuva. Assaltou-a um riso brutal e libertador, que fez coro com o ribombo do trovão. E seu riso logo se transformou em grito, um grito de triunfo e de pura alegria de viver. Deixou-se então cair na terra do caminho, transformado em lodaçal pela chuva. Os lábios tocaram a lama ainda tépida de sol e mergulharam na pasta amolecida. A língua lambeu o barro, cujo sabor dir-se-ia conter todos os eflugos de Montillac. Nesse instante, Léa desejou que o chão abrisse, tornando a fechar-se sobre o seu corpo, digerindo-o, absorvendo-o, fazendo sua carne reviver nas vinhas, nas flores, nas árvores da terra que amava. Depois rolou sobre si mesma, oferecendo o rosto manchado à torrente caída das alturas.

A bicicleta azul, Régine Deforges
Author: Bruna Gabriela
•17:25

"Momentos de minha existência maldita
vidas secretas, beijos anónimos
lembranças insanas e divinas
atormentam meu ser atónito

palavras sempre medidas
mentiras inconfessáveis
se eu pudesse ser sua amiga
meus sonhos seriam mais saciáveis

que inveja de suas feições
serenas e sem pudor, sentes alguma dor?
eu em prantos digo que tive razões

por amor me livrei
por amor me encolhi
por amor me deixei"

Bruna Gabriela Corrêa Vicente 2008
Author: Bruna Gabriela
•21:09

Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar! na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!

Era mais bela! o seio palpitando…
Negros olhos as pálpebras abrindo…
Formas nuas no leito resvalando…

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!

Alvares de azevedo
Author: Bruna Gabriela
•12:33


Se me queres a teus pés ajoelhado,

Ufano de me ver por ti rendido

Ou já em mudas lagrimas banhado

Volve, impiedosa,

Volve-me os olhos;

Basta uma vez!


Se me queres de rojo sobre a terra,

Beijando a fímbria dos vestidos teus,

Calando as queixas que meu peito encerra,

Diz-me ingrata,

Diz-me: eu quero!

Basta uma vez!


Mas se antes folgas de me ouvir na lira

Louvor singelo dos amores meus

Porque minha alma há tanto em vão suspira;

Diz-me, ó bela,

Diz-me: eu te amo!

Basta uma vez!

GONÇALVES DIAS poesia completa e prosa escolhida, 1959

Author: Bruna Gabriela
•17:53

Sou alguém, que se magoa fácil, mas que ama fácil também.
Alguém que vai sorrir, mesmo querendo chorar por dentro.
Alguém que gosta de construir castelos de cartas, apenas para vê-los cair.
Alguém que vê coisas que não existem.
Alguém que espera demais das pessoas, e depois chora.
Alguém que odeia dizer não, mas não sabe dizer sim.
Alguém que devia ter nascido na segunda geração do romantismo, para conhecer Álvares de Azevedo.
Alguém que lê romances para ficar sonhando dias depois.
Alguém que corre, pelo simples fato de gostar do vento nos cabelos.
Alguém que jurou nunca amar, e não se arrepende disso (até agora.).
Alguém que é fechada para certas coisas, mas outras adora conversar.
Alguém que só vai falar certas coisas se estiver bêbada, e sóbria vai negar a té a morte.
Alguém que vê os próprios defeitos com uma lupa gigante.
Alguém que não gosta de pensar na vida.
Alguém que faz listas para não esquecer as coisas, e aprendeu a ser pontual.
Alguém que aprendeu a dar mais valor as amizades, por que elas que me seguram quando eu caio.
Alguém que aprendeu que bico não resolve nada, e sorrisos também não.
Alguém que odeia ficar sozinha, mas neste momento não quer companhia.
Alguém que passa a madrugada lendo um livro, mas não estudando.
Alguém que não é normal, mas é normal.
Alguém que aprendeu a sutil diferença entre gostar e acorrentar uma alma.